terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Azeitona

Olá meus amigos,

Estou aqui que nem posso, estou com uma dor de riles e quadriles que nem me posso mexer.

Devia ser proibido trabalhar durante esta semana toda, e na anterior também, pois claro.

Agora imaginaide lá, passamos por aqui um Natal do melhor, muito frio, mas uma boa fogueira para nos aquecermos, devedes pensar que estou a gozar mas é verdade, há muitos anos que não via uma fogueira assim, muito grande e bem feita.

Com o frio que estava ainda fui lá aquecer os calcanhares, é pena não ter tirado fotos, acontece que ainda não sabia trabalhar com o meu aifone, se fosse agora já sabia e já tinha tirado muitas fotos. O aifone foi a minha prenda de natal, era aqui que eu queria chegar e anunciar o meu aifone novo.

Já que estou a falar de Natal aproveito para dizer que havia por aqui muita malta, os filhos da terra não negam a pátria aparecem sempre, nem que seja tarde. O que faltou mesmo foi o café de baixo, assim quem quizesse molhar a palavra tinha que ir ao de cima. Não sei o que se passou mas o café de baixo encerrou há uns tempos sem me darem satisfações, deviam-me ter informado não achais. A fogeira estava tão boa e às 5 da manhã, quando eu fui buscar as lonas da azeitona ao cagarretes, já não havia lá ninguém, o que é que se passou. Se fosse no meu tempo, ainda havia lá um pézinho de dança.

Bem já agora tenho-vos a dizer que no sabado anterior tivemos a habitual almoçarada comunitária , este ano um pouco mais fraca, só frangos e barriga de porco assada na brasa, faltou a vaca marãonhesa, este ano nem vê-la, estamos em crise. Também apareceram algumas pessoas mas menos do que era habitual, os de leste nem vê-los, agora já andam de barriga cheia, já não precisam das merendas do povo. O que também faltou foi o café de baixo, tivemos que tomar café em cima, nem lá cabiamos.

O que é que me tendes a dizer, tenho ou não razão suficiente para não querer ir apanhar azeitona e para me doerem os riles e os qualdriles, as festas não matam mas ajudam.

Por agora é tudo, vou até lá fora a ver se aprendo a trabalhar com o aifone para tirar fotos na proxima festa.

AHHHHHH, já me esquecia de dizer que este ano houve missa do galo e não da galinha.

Aaiiiii, estasse-me a abrir a boca, acho que vou dormir uma sesta e o aifone fica para o serão ou para amanhã. Logo se vê.

Até mais ver
AdolfoDias

2 comentários:

Lurdes Pereira disse...

Ora viva... Ha quanto tempo é que não dava sinais de vida. Eu até ja me tinha esquecido que este blog existia. Hoje por mero acaso, vim dar uma espreitadela, e qual não foi o meu espanto, terminou o periodo de invernação.
Mas como ainda se sente bastante fraco, depois de tão longa ausencia, ou talvez porque a crise ja se faz sentir, nota-se um empobrecimento no seu texto (subtilidade, descrições mais pormenorizadas, etc). Quanto às fotografias, parece que esta em campanha eleitoral, so promessas... e nunca nada de concreto. Felizmente que o "facebook" existe e que muitos benlhevaienses navegam por ali.
Feliz Ano 2011 a todos os filhos da terra.
Lurdes Pereira

Anónimo disse...

"Il est un pays superbe, un pays de Cocagne, dit-on,
Un vrai pays de Cocagne, où tout est beau, riche, tranquille, honnête ; où la vie est grasse et douce à respirer ; d’où le désordre, la turbulence et l’imprévu sont exclus ; où le bonheur est marié au silence ; où la cuisine elle-même est poétique, grasse et excitante à la fois ;

Tu connais cette maladie fiévreuse qui s’empare de nous dans les froides misères, cette nostalgie du pays qu’on ignore, cette angoisse de la curiosité ? Il est une contrée qui te ressemble, où tout est beau, riche, tranquille et honnête, où la vie est douce à respirer, où le bonheur est marié au silence. C’est là qu’il faut aller vivre, c’est là qu’il faut aller mourir !

Oui, c’est là qu’il faut aller respirer, rêver et allonger les heures par l’infini des sensations.


Oui, c’est dans cette atmosphère qu’il ferait bon vivre, — là-bas, où les heures plus lentes contiennent plus de pensées, où les horloges sonnent le bonheur avec une plus profonde et plus significative solennité.

Des rêves ! toujours des rêves ! et plus l’âme est ambitieuse et délicate, plus les rêves l’éloignent du possible. Chaque homme porte en lui sa dose d’opium naturel, incessamment sécrétée et renouvelée, et, de la naissance à la mort, combien comptons-nous d’heures remplies par la jouissance positive, par l’action réussie et décidée ? Vivrons-nous jamais, passerons-nous jamais dans ce tableau qu’a peint mon esprit, ce tableau qui te ressemble ?

ce sont encore mes pensées enrichies - (ndlr : mon cher Benlhevai) - qui reviennent de l’infini vers toi." Charles Beaudelaire - L'invitation au voyage

Na memoria dos meus queridos avos...